O primeiro bonjour que você ouvir em Montreal será o suficiente para cair a ficha e entender que ali o francês e o Inglês são as línguas oficiais. Na cidade canadense, os habitantes são bilíngues e não se importam em trocar de idioma.
A influência no idioma diz muito sobre a história da cidade, que foi motivo de disputa entre França e Inglaterra. É a segunda maior cidade de língua francesa do mundo depois de Paris e sua população lida muito bem com isso. O povo, aliás, é simpático e acolhedor.
A metrópole que fica na província de Quebec, é cheia de contrastes. Até hoje, ambas as culturas continuam presentes e até misturadas em Montreal, seja na arquitetura, nas artes e na gastronomia.
O nome Montreal é uma menção a uma de suas atrações naturais, o Mont Royal. A 234 metros de altura, o monte localiza-se em um parque lindo, cujos mirantes oferecem uma vista privilegiada da cidade. Em um dos flancos do monte fica o Oratoire Saint-Joseph, a maior igreja católica do Canadá. O templo começou a ser construído em 1924 e só ficou pronto 43 anos depois, em 1967. Atrai cerca de 2 milhões de devotos todos os anos.
O inverno na cidade é rigoroso e para vencer o frio que congela Montreal foi construída a maior cidade subterrânea do mundo, com 33 quilômetros de extensão e interligada com as estações do metrô e os principais edifícios. Dá para caminhar tranquilamente, almoçar, tomar um café, ver uma exposição sem passar aperto. E não pense que há um clima de clausura, em várias áreas o teto é envidraçado, o que permite a entrada de luz natural.
Até mesmo uma das principais atrações culturais da cidade, o Musée des Beaux-Arts (ou Museum of Fine Arts) também pode ser explorado por baixo da terra. O complexo possui cinco pavilhões, que são conectados entre si pelo andar subterrâneo. O espaço conta com uma área de quase 5 mil m2, que abriga mais de 41 mil obras de arte de diferentes períodos, estilos, e países.
O Charme da região histórica de Viex-Montreal também merece ser contemplada durante o dia. É lá onde estão alguns de seus monumentos, como a belíssima Basílica de Notre-Dame. Ela não tem nada a ver com a de Paris, lembra mais a Sainte-Chapelle, mas é magnífica, independentemente de qualquer comparação. Quando esta iluminada, tons de azul invadem toda a nave e deixam o templo ainda mais belo.
Em frente à Catedral, a Place d’Armes é o endereço do primeiro banco do Canadá e também do primeiro arranha-céu da cidade. Esse miolinho é o ponto alto da Velha Montreal, local que guarda em suas esquinas e seus prédios de pedra mais de três séculos de história.
É obrigatório caminhar pelas ruas desse trecho e conferir as portinhas que se revelam Galerias de artes, bistrôs, lojinhas de artesanato e cafés.
Montreal tem uma vida noturna bastante agitada e jovem. As baladas misturam desde a sofisticação meio nova-iorquina até a charmosa atmosfera da boemia francesa. Montrealenses dançam até o amanhecer. Os bares param de servir bebidas às três da manhã, mas os chamados “afters” continuam. Le Village é uma região que reúne disputados clubes noturnos com DJs conceituados.