VOCÊ SABIA QUE NA EUROPA TEM CIDADES VIOLENTAS? AQUI ESTÃO AS 10 MAIS!
As cidades europeias figuram sempre nas listas das mais seguras do mundo. No entanto, é preciso lembrar que o continente não é homogêneo e que, em algumas cidades, o viajante precisa tomar alguns cuidados. Mas vale dizer que o conceito de perigo é totalmente diferente no Brasil e na Europa.
Por lá, não há as altas taxas de violência urbana, com roubos e assassinatos, como no Brasil. No entanto, também há crimes de corrupção e cibernéticos, além de conflitos étnicos e ataques terroristas, que são mais raros por aqui. Na Europa, a violência motivada por questões políticas, religiosas, raciais e ideológicas ganham contornos mais acentuados em algumas regiões.
Vale também alertar que os perigos europeus não devem jamais ser razão para se desistir de uma viagem ao velho mundo. Informação e um pouco de cautela bastam para garantir a segurança e uma boa viagem. Diferente de quem deseja morar na Europa. Se for esse o caso, pode ser interessante olhar para essa lista com cautela, pois existem cidades muito mais seguras.
O ranking é com base na pesquisa Quality of Living Index (Índice de Qualidade de Vida), da Mercer, que é utilizada, por exemplo, como parâmetro para empresas multinacionais recolocarem funcionários e calcularem a remuneração justa para profissionais em postos de trabalho no exterior. O conceito de qualidade de vida não abrange apenas a segurança pessoal, mas um conjunto que inclui bem-estar físico, mental, psicológico e emocional. E a qualidade de vida é um conceito intrinsecamente relacionado à existência ou não de violência nas cidades.
1. Minsk (Bielorrúsia)
A capital da Bielorrússia, na Europa Oriental, é governada por um ditador (o último da Europa) e apresenta um dos maiores índices de desigualdade social do continente, o que ajuda a explicar sua colocação como a mais perigosa.
O portal do Itamaraty alerta que o nível de criminalidade urbana é baixo no país. No entanto, ainda que o registro de crimes contra estrangeiros seja baixo, as abordagens podem ser violentas caso o turista ofereça algum tipo de resistência.
Os casos de crimes eletrônicos são comuns, assim como casos de corrupção, subornos e assédios. “Caso cidadão brasileiro seja vítima ou presencie crimes de suborno, propina, fraude eleitoral, nepotismo, cleptocracia, pilhagem legal, plutocracia ou qualquer outro tipo de corrupção, recomenda-se que a Embaixada brasileira seja imediatamente notificada com vistas a que sejam acionadas as autoridades locais para denúncia e apuramento da situação”, recomenda o Itamaraty.
Há ainda denúncias de assédio contra as mulheres, sendo recomendado que evitem andar sozinhas, especialmente à noite e em áreas isoladas.
2. Tiblissi (Georgia)
A Georgia fazia parte da União Soviética, assim como a Bileorrússia. O Itamaraty afirma que é veementemente desaconselhado qualquer deslocamento da capital Tiblissi às regiões separatistas da Abcásia e da Ossétia do Sul, administradas por autoridades não reconhecidas pelo governo brasileiro e pela comunidade internacional.
Nestas regiões, é mais comum a ocorrência de violência física, roubos e sequestros, inclusive de cidadãos estrangeiros e turistas. Já a capital é charmosa e tranquila para padrões brasileiros.
3. Tirana (Albânia)
A capital da Albânia não tem criminalidade nos níveis brasileiros. Mas há disputas entre locais, especialmente relacionadas ao crime organizado, com ações violentas e disparos de armas e explosões. Aconselha-se que cidadãos brasileiros não reajam a qualquer ato de xenofobia e denunciem a ocorrência a autoridades policiais e, se necessário, à Embaixada do Brasil.
4. São Petersburgo (Rússia)
A Rússia é um país relativamente seguro, mas há registros de furtos no metrô e em áreas de grande concentração de pessoas. Nas cercanias de bares e boates, pode haver concentração de pessoas alcoolizadas e aconselha-se evitar conflito em qualquer situação. Mulheres desacompanhadas também são aconselhadas a não permanecerem próximas a grupos de homens nesses lugares.
Como a cidade já foi alvo de atentados terroristas, o Itamaraty recomenda aos brasileiros “permanecerem com máxima atenção, sobretudo quando se encontrarem próximos a prédios do governo, aeroportos, hotéis, mercados e locais turísticas e de lazer”. Ataques homofóbicos também acontecem.
5. Kiev (Ucrânia)
Devido aos conflitos no leste da Ucrânia, em especial na região da Crimeia, foram adotadas medidas para admissão da entrada de estrangeiros em determinados territórios, sobretudo nas regiões de fronteira com a Rússia. Membros de grupos étnicos minoritários podem ser vítimas de violência na cidade.
O Itamaraty aconselha que cidadãos brasileiros não reajam a qualquer situação de violência. A recomendação é se afastar do local imediatamente e denunciar a ocorrência à polícia e à Embaixada do Brasil.
6. Moscou (Rússia)
Em Moscou valem as mesmas recomendações dadas para São Petersburgo: evitar conflitos em bares e boates e não permanecer sozinho – especialmente mulheres.
Os atentados terroristas, infelizmente, fazem parte dos perigos da cidade. Então, é bom evitar ficar longos períodos próximo a prédios do governo e pontos de grande aglomeração.
7. Escópia (Macedônia)
Não há representação diplomática brasileira no país, e os serviços consulares são prestados à distância. Este já é um ponto que exige atenção dos brasileiros, que ficam mais vulneráveis.
Em geral, a Macedônia é um país seguro, mas devem ser tomadas precauções usuais com batedores de carteira, principalmente em locais de grande movimento. O roubo de carro também é comum. Há ainda a possibilidade de terremotos e tensões sociais entre eslavo-ortodoxos e albaneses-muçulmanos. O país viveu uma guerra civil em 2001.
8. Sarajevo (Bósnia-Herzegovinia)
A Bósnia-Herzegovina viveu um violento conflito entre cristãos ortodoxos e muçulmanos, de 1992 a 1995, e, desde então, vive em certa estabilidade, mas alguns conflitos étnicos ainda podem ocorrer. Em áreas verdes, especialmente fora dos grandes centros, pode haver minas terrestres não desarmadas, portanto é preciso visitar as regiões de floresta com acompanhamento de guias.
9. Istambul (Turquia)
Após um período de instabilidade e de elevada frequência de atentados terroristas, as autoridades turcas têm conseguido prevenir a ocorrência de novos atentados. E o turismo tem aumentado. Mas o risco de novos atentados persiste, já que grupos terroristas continuam a atuar na região. Para se proteger, é recomendado estar sempre bem informado sobre a região e evitar grandes aglomerações. Por meio das mídias sociais da embaixada e do consulado do Brasil, o turista pode acompanhar informações atualizadas.
10. Sófia (Bulgária)
Os batedores de carteira existem em Sófia, assim como os golpes em terminais bancários (ATMs), com equipamentos que clonam os cartões. Os turistas devem ficar atentos a isto.
As áreas habitadas por ciganos, na periferia das grandes cidades, são degradadas, mas não existem relatos de violência. Em 2012, a Bulgária foi alvo de um atentado terrorista, no aeroporto de Burgas. Terremotos também pode ocorrer.
Ranking das mais seguras
Em 2019, a Mercer fez um ranking em separado apenas sobre segurança pessoal, levando em conta estabilidade interna das cidades; níveis de criminalidade; aplicação da lei; limitações à liberdade pessoal; relações com outros países e liberdade de imprensa.
Das dez cidades menos seguras do mundo, nenhuma fica na Europa. Por outro lado, entre as cidades mais seguras, oito são europeias:
- Luxemburgo (Luxemburgo);
- Helsinki (Finlândia);
- Berna (Suíça);
- Zurich (Suíça);
- Basileia (Suíça);
- Viena (Áustria);
- Gênova (Itália);
- Oslo (Noruega).
Na prática, isso quer dizer que, sim, a Europa é uma região segura mesmo, especialmente se comparada aos padrões brasileiros. Mas há localidades em que alguns cuidados se fazem necessários, especialmente no lado oriental do continente.
Seguro viagem
Um item que não deve faltar e que vai conferir mais tranquilidade e segurança ao roteiro pela Europa é o seguro viagem – mesmo porque é obrigatório para visitar o continente. É claro que ninguém deseja usá-lo, mas ele pode ser útil para garantir atendimento médico e odontológico em caso de acidente ou emergência. Pode também garantir o deslocamento com acompanhamento médico de regiões mais afastadas aos grandes centros, graças ao benefício do traslado médico. E pode garantir também seu retorno antecipado e até assistência jurídica e pagamento de fiança.
Fonte: https://www.eurodicas.com.br/cidades-mais-perigosas-da-europa/
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