PARA ONDE OS ITALIANOS VÃO DE FÉRIAS EM SEU PRÓPRIO PAÍS?
As férias de verão no país tem seu auge no mês de agosto. Restaurantes fecham, escritórios inteiros ativam mensagens de resposta automática e a nação respira – normalmente junta, já que a única coisa que os italianos adoram fazer mais do que passar o mês numa espreguiçadeira é passá-lo numa espreguiçadeira italiana.
Mas eles não vão aos mesmos lugares que os turistas. Eles exploram prados montanhosos, relaxam em praias selvagens, fumegam em fontes termais ou visitam cidades menos conhecidas. Mas quais?– Tuscia, Lácio
Nomeada em homenagem à antiga civilização etrusca que viveu ali nos tempos pré-romanos, esta área do norte do Lácio, a algumas horas ao norte de Roma, tem de tudo: colinas onduladas, aldeias no topo de penhascos, lagos cintilantes e terras áridas em ruínas. A vila de Civita di Bagnoregio, um dos mais belos borghi (cidades muradas) da Itália, é o seu ponto mais conhecido.
– Urbino, Marcas
Abrangendo as colinas da região central de Marche, a leste, através dos Apeninos, a partir de Florença, Urbino é uma das grandes cidades artísticas da Itália. A cidade murada de tijolos abriga o enorme Palazzo Ducale, de torres gêmeas, a corte do duque Federico da Montefeltro, um dos principais impulsionadores do Renascimento fora de Florença. Seu amplo palácio é, hoje, uma vasta galeria de arte que exibe grande parte de sua coleção, incluindo obras de Piero della Francesca, Botticelli e Raphael.
– Maremma, Toscana
Aqui há praias, cidades espetaculares no topo de cânions e excelentes comidas e bebidas. Se for verão, vá às praias de Monte Argentario, uma ilha soldada ao continente por dois grossos bancos de areia, ou passeie por Capalbio, uma cidade montanhosa e chique, com vista para o litoral. Uma hora para o interior fica Pitigliano, dramaticamente situado na beira de um desfiladeiro, com suas casas esculpidas na própria rocha. A cidade é conhecida como a “Pequena Jerusalém” da Itália por sua comunidade judaica, que remonta ao século XVI. Siga para oeste a partir de Pitigliano, contornando a parte de trás do Monte Amiata, o vulcão adormecido que paira sobre o sul da Toscana, e você chegará às espetaculares fontes termais de Saturnia.
– Alpe di Siusi, Tirol do Sul
Quando chega agosto, os italianos têm duas opções: praia ou montanha. E no alto das Dolomitas – cujos picos irregulares em forma de dentes são famosos por ficarem rosados ao sol poente – está Alpe di Siusi, uma paisagem de prados verdes ondulantes. É tão fora deste mundo que parece um set de filmagem.
– Salento, Puglia
Os estrangeiros migram para Puglia – o calcanhar da bota da Itália – por suas lindas vilas de pescadores de pedra branca, ao sul de Bari, e casas cônicas de pedra semelhantes a hobbits, chamadas trulli, no bonito Valle d’Itria. Mas continue indo para o sul e você se encontrará na pacata península de Salento, o extremo sul. A principal cidade de Lecce é conhecida pela sua suntuosa arquitetura barroca, embora também haja Nardò – menor e menos bem cuidada, mas igualmente romântica. O litoral também é extraordinário. No lado leste, é uma montanha-russa dramática de penhascos cobertos de peras espinhosas com maravilhas naturais como a Caverna Zinzulusa.
– Camogli, Liguria
Apoiada por colinas arborizadas, com suas casas coloridas empilhadas ao longo da baía de seixos, é a clássica Riviera Italiana e ainda mantém uma sensação de antigamente. Este é um lugar onde vale a pena se divertir!
– Trieste, Friul-Veneza Júlia
Trieste abriga a maior praça à beira-mar da Europa, praias no centro da cidade e um castelo de conto de fadas em balanço sobre águas azuis e cristalinas. Se fosse em qualquer outro lugar, Trieste estaria no topo da lista de visitantes. Mas como fica a duas horas de Veneza, passa despercebido.
– Capo Vaticano, Calábria
A Calábria, a ponta nodosa da bota italiana, recebe pouca atenção dos visitantes internacionais. Melhor ainda para os italianos, que inundam cidades intocadas, estradas costeiras ao estilo de Amalfi e vistas taciturnas da Sicília do outro lado da água.
– Pantelleria
Mais perto da Tunísia do que da Itália, esta ilha de formato oval na costa sudoeste da Sicília é onde os italianos (assim como os famosos) vêm para sair da corrida desenfreada. O sinal telefônico é escasso, os melhores restaurantes são barracos na praia e, em vez de hotéis em arranha-céus, há dammusi – tradicionais casas em forma de caixa com cúpulas brancas empilhadas nas falésias íngremes. Há pouco para fazer, mas esse é exatamente o ponto: a estrada principal, que circunda a ilha te levar a pequenas enseadas e praias onde fontes termais quentes borbulham do fundo do mar.
Que tal? Vamos para a Itália?